Centro de Reflexão Cristã
40º Aniversário
Lisboa, 18 Abril 2015
1.
Agradecimento pelo convite
Permitiu revisitar
o passado, consultar algumas fontes, reavivar a memória das pessoas e dos
acontecimentos que encontrei na fase nascente do CRC. Ao fazê-lo, invade-me um
sentimento de gratidão por essa etape da minha vida pessoal e colectiva.
Entendi o convite
do José Leitão no sentido de que eu deveria, sobretudo, debruçar-me sobre a
origem do CRC e os seus alicerces. É o que tentarei fazer, recorrendo à minha memória
e a algumas fontes que consultei na medida do tempo que tive para preparar este
testemunho.
2.
Gostaria de começar com um poema de José Augusto Mourão que
fui encontrar num dos primeiros números da Revista Reflexão Cristã (ano II, nº
9-10, Novembro-Dezembro 1977).
Intitula-se
simplesmente Poema e começa com uma
epígrafe pedida emprestada a Levinas: le
mot est fenêtre; síl fait écran, il faut le supprimer. Vem a propósito do
sentimento que experimento ao partilhar convosco esta minha reflexão.
(ler Poema)
Com este poema
quero fazer memória de quantos já partiram do nosso convívio, mas deixaram
marcas que não se apagam na história do CRC. Queria lembrar, explicitamente,
além do José Augusto Mourão, autor do poema, o Frei Raimundo Oliveira, o José Alfredo
Sousa Monteiro, o João Resina, o José Pinto Correia, o Horácio Araújo, o Diogo
Duarte, o padre e depois bispo, Tomás, o Henrique Robalo, este último
recentemente falecido. Todos eles e muitos outros, à sua maneira, foram pilares
na génese e nos primeiros passos do Centro de Reflexão Cristã.
Felizmente, muitas
das pedras angulares do CRC ainda se mantêm vivas no meio de nós. Recordo
apenas alguns nomes: Luís França, Bento Domingues, José Mattoso, José Ramos,
Francisco Sarsfield Cabral, Luisa Cabral, a Raquel Duarte, o Eng.ro Lamas, etc.
3.
Falar dos começos do CRC e da sua génese impõe que comecemos
por recordar o contexto eclesial e sociopolítico em que surgiu a iniciativa da
criação do CRC. Estávamos em 1974 e vários cristãos se interrogavam acerca da
necessidade de aprofundar a sua fé, mas essa ideia só viria a ser concretizada por
escritura notarial no dia 5 Outubro 1975.
Vou deixar alguns
traços desse contexto, por memória.
Continue a ler AQUI.
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