CENTRO DE REFLEXÃO CRISTÃ - UMA MEMÓRIA VIVA...
Tendo um compromisso fora de Lisboa é-me impossível
acompanhar pessoalmente este encontro tão oportuno de sócios e amigos do CRC,
feito sob a invocação de quatro décadas de existência. Vivemos um tempo muito
especial que nos obriga a recordar as origens do cristianismo, que nos levam
aos Atos dos Apóstolos. Como praticar, de facto, a regra do amor (agapé)? Perante
as sequelas da crise, temos contado com a abertura de Espírito do Papa
Francisco – o que significa que somos chamados à coragem e à responsabilidade.
Não podemos baixar os braços perante as injustiças que se agravam e as
desigualdades que se aprofundam. Como disse o Padre M. D. Chenu,
«o cristianismo é o mistério de Cristo que vive, morre e ressuscita em mim e em
cada um». Daí que não possamos ser indiferentes. É no tempo de hoje que temos
de ouvir o Papa ao fazer-nos compreender que não podemos responder às
pretensões dos nossos netos com as audácias dos nossos avós, como gostava de
dizer Emmanuel Mounier. “A Igreja quando fica fechada adoece e quando sai pode
ser atropelada; prefiro uma Igreja atropelada a uma Igreja doente”… – diz o Papa.
A metáfora significa que temos de sair, de ir para junto das pessoas, correndo
o risco de ter um acidente ou de sujar as mãos… É a noção de compromisso que
tem de se tornar cada vez mais presente. Estamos ainda muito desatentos ao
episódio de Marta e de Maria, sendo que o testemunho de ambas é fundamental
para o presente e para o futuro, como no-lo ensinou Santa Teresa de Jesus. Devemos
ser mais “testemunhas do que mestres” – como afirmou Paulo VI. E aqui está a
dificuldade.
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