Notícia publicada pela Agência Ecclesia, por Lígia Silveira a 09/05/2007, a propósito da entrevista feita a José Leitão e António José Paulino e que foi transmitida pela RTP2:
Prestes a celebrar 32 anos, o Centro de Reflexão Cristã surgiu de uma iniciativa de um conjunto de católicos, leigos e sacerdotes, com experiências e práticas diferentes, que pretendiam propor uma reflexão inovadora acerca da forma de viver a fé em Jesus Cristo, face um novo contexto social e cultural.
Prestes a celebrar 32 anos, o Centro de Reflexão Cristã surgiu de uma iniciativa de um conjunto de católicos, leigos e sacerdotes, com experiências e práticas diferentes, que pretendiam propor uma reflexão inovadora acerca da forma de viver a fé em Jesus Cristo, face um novo contexto social e cultural.
As práticas diversas de luta pela justiça e pela paz que unia os seus iniciadores, entenderam ser útil criar um espaço, da sua responsabilidade, onde pudessem perspectivar esse empenho à luz da fé, com base em temas que elegiam como questões importantes e prioritárias. O debate decorria de forma o livre, confrontando perspectivas com pessoas cristãs ou não, sempre aberto a outras confissões, numa grande abertura a não cristãos que manifestavam disponibilidade para discutir estas questões. “Mais não é do que a experiência de viver o cristianismo numa sociedade laica, plural e democrática, com base no diálogo”, sublinha José Leitão, membro do CRC, numa entrevista ao Programa ECCLESIA.
António José Paulino, membro da direcção, destaca que na criação do CRC, esteve a necessidade de as pessoas discutirem entre si e organizarem debates ao nível da teologia. Na história inicial, o “CRC promoveu muitos cursos, especialmente numa altura em que não existiam na sociedade portuguesa, em especial para leigos”.
Nos encontros do CRC destacam-se cristãos que sentem que pertencer a uma Igreja não é uma prática da esfera privada, mas antes amadurecida e reflectida com outras pessoas tornando essa acção mais eficaz. “Foi precisamente isso que ditou a minha participação nestes cursos, encontros e actividades”, sublinha o membro da direcção.
Esta é concretamente uma preocupação dos participantes do CRC. Ter uma prática cristã que vai além da sacramental e litúrgica. Todos os que participam nas actividades, sócios e não sócios, são pessoas muito activas na sua actividade profissional, que inevitavelmente levam para a reflexão promovida pelo CRC essas preocupações.
As pessoas que participam nas Conferências de Maio, talvez a iniciativa mais visível do CRC, são pessoas que “imbuídas das suas características enquanto cristãos” lêem a sua actividade profissional à luz da própria fé, aponta António Paulino..
O CRC foi pioneiro no debate inter religioso - sublinha José Leitão - mas o centro tem sido um espaço incubador de iniciativas que ganham autonomia e se projectam noutros espaços - exemplo disso é a reflexão sobre a exclusão e a pobreza “numa perspectiva analítica e científica”, promovida pelo Centro de Pesquisa Social.
A necessidade de renovar o estudo e ensino da História da Igreja, que contou com a iniciativa de José Matoso que animou um conjunto de jovens, teve o seu início no CRC, “havendo ainda outras iniciativas que infelizmente não as conseguimos projectar, como foi o caso da reflexão em torno da teologia africana”. Mas este quadro diverso mostra uma preocupação, diversa também, pelos problemas que vão acontecendo na sociedade portuguesa e internacional.
Nos encontros do CRC destacam-se cristãos que sentem que pertencer a uma Igreja não é uma prática da esfera privada, mas antes amadurecida e reflectida com outras pessoas tornando essa acção mais eficaz. “Foi precisamente isso que ditou a minha participação nestes cursos, encontros e actividades”, sublinha o membro da direcção.
Esta é concretamente uma preocupação dos participantes do CRC. Ter uma prática cristã que vai além da sacramental e litúrgica. Todos os que participam nas actividades, sócios e não sócios, são pessoas muito activas na sua actividade profissional, que inevitavelmente levam para a reflexão promovida pelo CRC essas preocupações.
As pessoas que participam nas Conferências de Maio, talvez a iniciativa mais visível do CRC, são pessoas que “imbuídas das suas características enquanto cristãos” lêem a sua actividade profissional à luz da própria fé, aponta António Paulino..
O CRC foi pioneiro no debate inter religioso - sublinha José Leitão - mas o centro tem sido um espaço incubador de iniciativas que ganham autonomia e se projectam noutros espaços - exemplo disso é a reflexão sobre a exclusão e a pobreza “numa perspectiva analítica e científica”, promovida pelo Centro de Pesquisa Social.
A necessidade de renovar o estudo e ensino da História da Igreja, que contou com a iniciativa de José Matoso que animou um conjunto de jovens, teve o seu início no CRC, “havendo ainda outras iniciativas que infelizmente não as conseguimos projectar, como foi o caso da reflexão em torno da teologia africana”. Mas este quadro diverso mostra uma preocupação, diversa também, pelos problemas que vão acontecendo na sociedade portuguesa e internacional.
O homem e as suas preocupações é o centro dos debates do CRC. “O homem é o caminho da Igreja”, aponta José Leitão. Reflectindo sobre o homem e o significado da sua vida, “é que se faz o encontro com Jesus Cristo”. O Centro tem a preocupação de proporcionar uma reflexão sobre Jesus Cristo numa perspectiva o mais alargada possível - as conferências de 2006 foram precisamente sobre “diálogos com Jesus”.
Ultimamente as iniciativas do CRC têm-se centrado mais em conferências, dá conta António Paulino. Normalmente estas iniciativas são publicadas na Reflexão Cristã, publicação do CRC. Mais recentemente a criação de um blog permite a publicação de alguns textos das conferências “e até mesmo artigos de jornais que resultam de intervenções das conferências”. Este ano planeiam disponibilizar em pod cast o conteúdo das conferências, possibilitando chegar a pessoas que não apenas do circuito de Lisboa e num mais curto espaço de tempo.Não há qualquer restrição à participação nas conferências, adianta António Paulino, que este ano decorrem sob o tema “O que nos faz correr”. “Qual o nosso objectivo, quais são as motivações que todos temos na nossa vida, são apenas algumas questões que se podem relacionar também com o quadro da correria que temos no nosso dia a dia”. O tema é depois dividido em quatro áreas diferentes, sendo a primeira sobre “Poder e prazer, força e fraqueza”, que contou ontem, dia 8, com a presença de Eduardo Lourenço.
A conferência é sobre “Troca, trabalho e dom”. “Uma das críticas que se ouve muito é que tem de ser tempo para fazer a sua carreira e deixam para trás muitas coisas da sua vida”. Esta área vai contar com a participação de Manuel Brandão Alves, Manuel Carvalho da Silva e Maria das Neves de Jesus.
Outra proposta é “O culto do corpo: encanto desencanto”, “e a evidência que ganha na sociedade moderna”, adianta António Paulino. Neste dia estarão presentes Eduardo Sá, Laurinda Alves, Helena Marujo e Luís Miguel Neto.
O último tema vai centrar-se na reflexão sobre “De que Espírito Somos?”, terminando o Pe. José Tolentino Mendonça, Pe. Anselmo Borges e Francisco Sarsfield de Cabral.
O último tema vai centrar-se na reflexão sobre “De que Espírito Somos?”, terminando o Pe. José Tolentino Mendonça, Pe. Anselmo Borges e Francisco Sarsfield de Cabral.
“O objectivo é incluir na discussão perspectivas abrangentes e pluralistas das temáticas, nas diversas formas que os convidados podem trazer para enriquecer o debate”, explica António Paulino.
As conferências de Maio são um espaço que “já ganhou uma marca”, aponta José Leitão, pois é uma iniciativa que já se prolonga há muitos anos, com a tónica de um debate plural sobre questões que se relacionam com o quotidiano, com a mutação social e cultural, com os desafios que se enfrentam e “no qual têm participado intelectuais católicos com os mais diversos trajectos, mas também não cristãos das mais diversas origens profissionais, etárias, de confissões religiosas ou sem ter qualquer referência espiritual.
Os participantes das conferências “dão um feedback de participação efectiva na sociedade”, fruto da reflexão proporcionada pelo conteúdo das conferências. “Há sempre um espaço para debate” e, relembra António Paulino, alguns debates «acesos», “facto revelador de uma apetência para este tipo de pessoas que não se resignam a pertencer à Igreja de um modo pouco activo, mas procuram, nestes espaços, o seu local de intervenção”.
O CRC vive da iniciativa dos seus associados, “cabendo aos seus associados dar a orientação dos debates e temas”, aponta António Paulino.
Os debates têm lugar às 18h30 de cada terça-feira, no Centro de Estudos da Ordem do Carmo (Rua de Santa Isabel, 128-130).
As conferências de Maio são um espaço que “já ganhou uma marca”, aponta José Leitão, pois é uma iniciativa que já se prolonga há muitos anos, com a tónica de um debate plural sobre questões que se relacionam com o quotidiano, com a mutação social e cultural, com os desafios que se enfrentam e “no qual têm participado intelectuais católicos com os mais diversos trajectos, mas também não cristãos das mais diversas origens profissionais, etárias, de confissões religiosas ou sem ter qualquer referência espiritual.
Os participantes das conferências “dão um feedback de participação efectiva na sociedade”, fruto da reflexão proporcionada pelo conteúdo das conferências. “Há sempre um espaço para debate” e, relembra António Paulino, alguns debates «acesos», “facto revelador de uma apetência para este tipo de pessoas que não se resignam a pertencer à Igreja de um modo pouco activo, mas procuram, nestes espaços, o seu local de intervenção”.
O CRC vive da iniciativa dos seus associados, “cabendo aos seus associados dar a orientação dos debates e temas”, aponta António Paulino.
Os debates têm lugar às 18h30 de cada terça-feira, no Centro de Estudos da Ordem do Carmo (Rua de Santa Isabel, 128-130).
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